terça-feira, 8 de abril de 2008

Liverpool e chelsea seguem em frente


"Todos estão felizes", afirmou o treinador do Liverpool FC, Rafael Benítez, após a fantástica vitória, por 4-2, da equipa da casa sobre o Arsenal FC, que qualificou os "reds" para a sua terceira meia-final da UEFA Champions League em quatro anos, onde defrontarão o Chelsea FC. Contudo, Arsène Wenger, cuja equipa esteve brevemente na liderança da eliminatória quando faltavam seis minutos para o final da mesma, antes de Steven Gerrard marcar de grande penalidade, confessou que o desaire foi um "rude golpe".

Rafael Benítez, treinador do Liverpool
Foi uma grande noite e um jogo fantástico, com seis golos. Todos estão felizes. É claro que o fantástico apoio aqui em Anfield é um factor importante. Começámos muito mal na primeira parte, mas a segunda foi muito melhor. Os jogadores responderam sempre aos incentivos dos adeptos e esta noite não foi excepção. É claro que fiquei ansioso quando o Arsenal fez 2-2 e particularmente decepcionado pela forma como empataram o jogo, mas estou muito contente pelo modo como a equipa reagiu. Estava prestes a lançar o [Andryi] Voronin porque precisávamos de mais poder na frente, mas chegou a grande penalidade de imediato. No fim, [Ryan] Babel mostrou toda a sua velocidade e capacidade e Steven Gerrard todo o seu carácter ao avançar para a grande penalidade e convertê-la. Pensarei no Chelsea e nas meias-finais mais tarde. Eu sei que será uma eliminatória muito, muito difícil, mas primeiro vamos desfrutar deste triunfo.

Arsène Wenger, técnico do Arsenal
A derrota foi um golpe muito duro para nós. Sentimos que tivemos muitas mais oportunidades de golo que o Liverpool [ao longo da eliminatória]. Contudo, temos de saber viver com isso. Tivemos muito controlo, mas fomos bastante ingénuos e faltou-nos um pouco de concentração. A nossa robustez mental foi fantástica. Recuperámos até ao 2-2 e tivemos a oportunidade de marcar um terceiro tento. A derrota deveu-se à falta de experiência – cometemos muitos erros defensivos. Sofremos o primeiro golo na sequência de um pontapé de canto e demos demasiado espaço a [Fernando] Torres para o segundo golo. Faltou-nos maturidade em algumas situações. Sentimos que está tudo a correr contra nós, mas queremos acabar [a época] em grande. O ambiente no balneário é triste e tentaremos moralizar os jogadores, especialmente pela forma como o jogo decorreu. Regressamos a casa depois de termos perdido por 4-2, mas o resultado não reflecte o que se passou aqui esta noite.
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O Chelsea FC, com Ricardo Carvalho a titular e Hilário a entrar ainda na primeira parte, apurou-se para as meias-finais da UEFA Champions League, ao bater o Fenerbahçe SK por 2-0, com golos nas duas extremidades do tempo regulamentar.

Golo cedo
O desfecho desta eliminatória começou a desenhar-se cedo, com um golo madrugador que condicionou de imediato o desenrolar dos acontecimentos. Logo aos quatro minutos, o Chelsea colocou-se em vantagem. Frank Lampard apontou um livre da direita e Michael Ballack surgiu na grande área a cabecear com êxito. Aos oito foi a vez de Joe Cole estar perto de marcar. Salomon Kalou centrou da esquerda e Cole desviou, com a bola a bater no poste direito da baliza de Volkan Demirel.

Hilário chamado
Aos 25 minutos o Chelsea sofreu uma contrariedade, com a lesão do guarda-redes italiano Carlo Cudicini. Hilário ocupou então o lugar na baliza inglesa. E o primeiro lance de grande perigo para o emblema turco surgiu aos 31 minutos, com Diego Lugano a aparecer solto na grande área dos "blues" a cabecear com muito perigo, mas ao lado. Na reposta, Cole e Didier Drogba combinaram para remate vistoso deste último. Demirel defendeu.
Jogo repartido
A primeira parte foi assim mesmo, repartida, muito por culpa do golo madrugador do Chelsea, que entrara em desvantagem e rapidamente se viu por cima na eliminatória. Esse facto obrigou o Fenerbahçe a pegar no jogo, subir no terreno e dar espaços na retaguarda, que os ingleses tentaram aproveitar com contra-ataque rápidos. Foi nesta toada que se chegou ao intervalo, e foi dessa mesma forma que se iniciou a etapa complementar, com o treinador brasileiro dos visitantes, Zico, a lançar Mateja Kežman para a frente de ataque. Avram Grant respondeu com a entrada de Juliano Beletti para a lateral direita, fazendo subir Michael Essien para o meio-campo, numa tentativa de travar o adversário.
Hilário em destaque
A verdade é que o Fenerbahçe perdeu algum fulgor, embora nunca tenha desistido de procurar o golo. Porém, as oportunidades de golo escacearam nos derradeiros 45 minutos. Uma das melhores saiu dos pés de Drogba aos 78 minutos, na cobrança de um livre directo que obrigou Demirel a aplicar-se. Do outro lado, Hilário teve mais trabalho nos instantes finais. Aos 81 minutos, e em lances consecutivos, o guardião português efectuou duas excelentes defesas, a primeira a afastar a bola em cima da linha após uma confusão na grande área, e a segunda a voar para um remate de fora da área de Kazım Kazım.
Lampard a fechar
Mas seria o Chelsea a sentenciar a partida, aos 87 minutos. Essien trabalhou bem na direita, passou dois adversários antes de entrar na grande área e centrar, aparecendo Frank Lampard a empurrar. Um tento que "matou" as aspirações turcas e garantiu aos londrinos um lugar nas meias-finais da UEFA Champions League.

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