SAN LORENZO ESTÁ NOS "QUARTOS" DA LIBERTADORES
A equipa do ex-jogador do Benfica Alejandro Bergessio, o San Lorenzo, apurou-se, de forma inesperada, para os quartos-de-final da Taça Libertadores da América após empatar a duas bolas com o River Plate (2-1 na 1.ª mão).
Depois de estar a perder por 2-0 aos 62 minutos de jogo, e a jogar com apenas nove elementos, a equipa de Almagro aproveitou alguma desconcentração do River e milagrosamente chegou ao empate, garantindo a passagem à fase seguinte.
O ex-avançado do Benfica, Alejandro Bergessio esteve em destaque, uma vez que, em apenas quatro minutos, apontou os dois golos que deram o empate e respectiva qualificação ao San Lorenzo.
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Hierarquia do Boca
A imprensa argentina exaltou a classificação do Boca Juniors às quartas-de-final e a supremacia do clube argentino perante equipes brasileiras, na Copa Libertadores. O armador Riquelme, mesmo sem mostrar todo o talento, foi considerado o cérebro do time, na vitoriosa jornada no Mineirão. Para eles, mais do que nunca, a equipe da Bombonera segue como favorita na busca pelo bicampeonato.
“Brasil, outra vez, a terra prometida”, estampou o Página 12 em seu caderno de esportes. “Boca voltou a mostrar sua hierarquia internacional e eliminou o Cruzeiro no Mineirão”, escreveu, complementando: “Com atuação destacada, o atual campeão da América voltou a se impor em um campo brasileiro, quase sem passar sobressaltos, para avançar às quartas-de-final da Copa Libertadores. Desta vez, a vítima foi o Cruzeiro, que no imponente Mineirão terminou rendido diante da superioridade do conjunto de Carlos Ischia. O 2 a 1 final, igual ao jogo de ida, uma semana atrás, na Bombonera, marcou a real diferença entre as equipes”.
O diário esportivo Olé destacou, em sua capa: “O Mineirão treme”. Com seu ufanismo característico, ressaltou: “O Mineirão é grande? O Boca é maior! Classificou às quartas-de-final com outra atuação histórica”. Apontou Riquelme como a chave do jogo, “mesmo sem brilhar, cuidou muito da bola e assim conseguiu fazer passar o tempo”, e festejou o gol de Palermo, que “não marcava por torneios internacionais desde a Recopa de 2006”.
Na chegada a Buenos Aires, o técnico do Boca, Carlos Ischia, afirmou nunca ter duvidado da classificação: “Estava muito tranqüilo, pois sabíamos que podíamos vencer e conseguimos um grande triunfo”. O Olé, inclusive, citou a cobertura do Estado de Minas, ao repercutir como a eliminação celeste foi noticiada em Minas.
O Clarín foi outro a apontar a superioridade do time argentino: “Boca teve sua noite de festa na casa do Cruzeiro. Uma história com final mais doce do que se pudera imaginar. Em um campo gigante, onde o rival só havia perdido uma partida diante de times argentinos. Grandioso Boca”.
A presença da torcida do clube argentino, reforçada por atleticanos, também foi destacada. “O Mineirão começou a silenciar e apenas eram ouvidos os tambores dos torcedores do Boca, apoiados pelos do Mineiro (Atlético). Nem sequer fez cosquinha um direitaço cruzado de Moreno”.
Já o tradicional La Nación relembrou a fama de carrasco dos brasileiros, uma vez que o time de Buenos Aires já superara Palmeiras, Paysandu, Santos e Grêmio. “Boca nunca falha no Brasil”, escreveu, na primeira página do jornal impresso. “Boca, em outra noite das suas: ganhou no Brasil e passou às quartas”, foi a manchete, seguida por mais elogios no texto: “Todas as inseguranças que circularam ao seu redor desde a vitória na Bombonera foram sepultadas depois de outro triunfo em terras brasileiras. Boca, com os braços levantados no Brasil”.
Arqui-rival
A festa da torcida do Boca continuou ontem à noite, com a desclassificação do arqui-rival River Plate, que empatou com o San Lorenzo por 2 a 2, no Monumental de Núñez, depois de ter perdido a primeira partida, em Almagro, por 2 a 1. O San Lorenzo atuou desde os 13min do segundo tempo com dois jogadores a menos e estava perdendo por 2 a 0, gols de Abelairas e Abreu, mas empatou heroicamente com dois gols de Bergessio, e agora vai enfrentar a LDU, do Equador.
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