domingo, 20 de abril de 2008

porto arrasa benfica e leiria humilha sporting



Uma vitória permitia aos «leões» igualar o Vitória de Guimarães no segundo lugar, mas um mau início da equipa de Paulo Bento e a melhor exibição da época dos leirienses tornou o jogo fácil para o último classificado.

Dois golos de Paulo César nos primeiros 20 minutos praticamente decidiram cedo o desfecho do encontro, confirmado nos minutos finais pelo contra-ataque do conjunto de Vítor Oliveira.

A União de Leiria, que não vencia o Sporting desde 2003/2004, só tinha ganho uma vez em casa esta época e detinha o pior ataque da Liga. Mas hoje tirou a «barriga de misérias», vencendo por 4-1 um Sporting que vinha de quatro triunfos seguidos na Liga e de uma reviravolta motivante na quarta-feira frente ao Benfica (5-3) para as meias-finais da Taça de Portugal.

O resultado de hoje vinca as dificuldades dos «leões» ganharem fora de casa (só três vitórias em toda a Liga).

Os leirienses começaram o jogo com um inesperado atrevimento, conseguindo, sobretudo pelas alas, chegar com surpreendente facilidade à área do Sporting.

Os «leões» sentiram muitas dificuldades para travar N'Gal e Sougou que, bem lançados por Harison, apanharam o Sporting desprevenido.

Depois dos ameaços, a União de Leiria marcou mesmo: aos 15 minutos, Sougou fugiu a Grimi na direita, correu para a área e serviu Paulo César para o 1-0.

O segundo golo não demorou e, quatro minutos depois, o meio campo do Sporting deixou Harison sozinho, o brasileiro desmarcou com arte Paulo César que, à saída de Rui Patrício, fez o 2-0.

Um remate de Miguel Veloso, aos 31 minutos, foi a primeira ocasião de perigo dos verde-e-brancos, que mesmo sem jogar bem, podiam ter chegado ao empate antes do intervalo.

Izmailov e Vukcevic tiveram o golo nos pés em duas ocasiões: aos 33 minutos o russo isolou-se mas Fernando conseguiu desviar para canto; aos 45, o montenegrino do Sporting surgiu em velocidade na área, passou por Fernando mas rematou às malhas laterais.

A perder por 2-0 e a precisar da vitória para igualar o Guimarães no segundo lugar, Paulo Bento apostou em Derlei na segunda parte para tentar uma reviravolta como a do 5-3 de quarta-feira frente ao Benfica, para a Taça.

O técnico do Sporting recuou Yannick para as costas dos dois avançados, e colocou Miguel Veloso a lateral esquerdo, no lugar de Grimi, que ficou nos balneários.

O Sporting tornou-se mais ofensivo e problemático para a União de Leiria, mas o volume do jogo não teve sequência em oportunidades e só em remates de longe de Miguel Veloso, aos 51 e 55 minutos, é que voltou a estar perto de marcar.

Cada vez mais recuada para estancar a pressão e com Sougou e N'Gal discretos, a União de Leiria foi permitindo cada vez mais espaços. Aos 68 minutos, Liedson ofereceu a Derlei o golo, mas o brasileiro rematou de primeira ao poste.

O Sporting cresceu ainda mais nos últimos 15 minutos, sobretudo porque numa jogada, a União de Leiria perdeu dois dos seus jogadores mais perigosos: Harison, por lesão, e Sougou, expulso por Carlos Xistra numa falta sobre Pereirinha.

Só que, num lance de contra-ataque, a União de Leiria fez o 3-0, num espectacular toque de calcanhar de N'Gal, concluindo um cruzamento de Cadú.

Num último esforço, o Sporting ainda reduziu para 3-1, por Liedson, mas faltavam poucos minutos. Os suficientes, contudo, para Derlei ser expulso directamente por algo que disse a Carlos Xistra, e também para os leirienses fazerem o 4-1, por Cadú, em mais um lance de contra-ataque.

Em jogo da 27ª jornada da Liga de futebol, disputado no Estádio Municipal de Leiria, sob arbitragem de Carlos Xistra, de Castelo Branco, com cerca de 4700 espectadores, as equipas alinharam da seguinte forma:

U. Leiria: Fernando, Éder Bonfim, Bruno Miguel, Éder Gaúcho, Patrick, Tiago, Cadú (Nélson, 94), Harison (Lukasiewicz, 77), N'Gal, Paulo César (Alhandra, 90) e Sougou.

Suplentes: Rafael Fava, Lukasiewicz, Alhandra, Toñito, Laranjeiro e Nélson

Sporting: Rui Patrício, Abel (Pereirinha, 59), Tonel, Polga, Grimi (Derlei, 46), Miguel Veloso, João Moutinho, Izmailov (Romagnoli, 77), Vukcevic, Yannick e Liedson.

Suplentes: Tiago, Pedro Silva, Adrien, Derlei, Tiuí, Pereirinha e Romagnoli

Acção disciplinar: amarelos para Bruno Miguel (60), Éder Gaúcho (69) e Paulo César (81). Vermelhos directos para Sougou (74) e Derlei (89).

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O F.C. Porto ganhou com toda a justiça num jogo em que nem foi propriamente brilhante. Durante algum tempo deu mesmo a sensação de estar mais preocupado em fazer a festa do que outra coisa. Entrou em campo em ritmo descontraído, divertiu-se com os olés que se soltaram desde o apito inicial, marcou no primeiro remate e colocou a cabeça adversária no cepo.

Nessa altura sorriu. O que foi um mau princípio. Sobretudo porque perdeu competência. Se existe palavra que define esta equipa é exactamente essa: competência. Quando não é competente, este F.C. Porto não é o F.C. Porto. Pois durante um período largo de tempo não preencheu os espaços como costuma fazer, não colocou em campo os automatismos quase mecânicos, não explorou a linha de fundo. Enfim, não foi competente.

Com isso adiou a festa. Permitiu que o Benfica, alimentado pela fúria da humilhação (a humilhação suprema, sublinhe-se, porque os encarnados têm acumulado humilhações), saísse a jogar, tivesse posse de bola, acreditasse que era possível evitar a derrota. Verdadeiramente nunca mostrou argumentos para isso, mas chegou a acreditar. Em dois ou três remates chegou mesmo a colocar o guarda-redes Hélton sobre pressão.

Um Benfica que se colocou a jeito... há muito tempo

O problema do Benfica não foi esta noite, de resto. O problema do Benfica vem de longe. Não foi no Dragão que a equipa se colocou a jeito para ser humilhada. A exibição encarnada foi aliás o somatório de todas as frustrações vividas durante a época. Era quase impossível os jogadores fazerem melhor do que fizeram. Até porque o maior adversário nunca foi o F.C. Porto, o maior adversário do Benfica foi o próprio Benfica.

Foi a ausência de uma linha de rumo, de uma ideia de futebol, de uma coerência dentro de campo. O jogo encarnado vive da capacidade individual de dois ou três jogadores que valem mais do que a equipa deixa mostrar. Era impossível fazer mais, por isso. A entrada de Cardozo foi sintomática. O paraguaio pareceu dizer a Di Maria que devia ir para a direita, para o lugar do substituído Maxi Pereira, enquanto ele ficava no ataque.

Di Maria não compreendeu e ficou a perguntar o que fazia. Claramente desorientado. Rui Costa disse-lhe para ficar no meio, que ele próprio iria para a direita. Rodriguez disse-lhe depois para ir para a esquerda, que ele ficaria no meio. A coisa ficou assim, mas dois minutos depois ainda se discutiam posições. Chalana dava indicações do banco, mas deu a sensação que estrutura nunca chegou a compor-se.

Vale tudo, até mandar chamar a polícia

Por isso é justo dizer que a primeira parte do F.C. Porto foi um golpe de misericórdia. A equipa podia ter feito muito mais, mas pareceu não estar para aí virada. Na segunda metade, aí sim, fez regressar a festa. Com todo o esplendor que merece. Marcou mais um golo, outra vez por Lisandro (ele que já tinha feito o primeiro e colocou-se cada vez mais como goleador do campeonato), e desperdiçou mais meia-dúzia de oportunidades.
A equipa percebeu que se queria aproveitar a oportunidade para brindar as bancadas cobertas de entusiasmo até às orelhas tinha que fazer por isso. E fez. Esteve mais rápida, mais acutilante, mais séria. Sobretudo após a entrada de Mariano a equipa cresceu que se fartou. Nessa altura colocou a descoberto todas as fragilidades encarnadas e soltou a festa das bancadas. Afinal de contas era isso que os adeptos queriam.
O resultado não engordou mais do que isso, mas nem foi preciso. Até final só deu festa. Começou tarde, mas ficou sem hora para acabar. Os adeptos do F.C. Porto saíram do estádio de sorriso nos lábios, provocado também pela despedida ao som do «Chamem a polícia», dos Trabalhadores do Comércio. Enfim, deu para tudo. O Benfica, repete-se, colocou-se a jeito. Durante vários minutos descarregou a fúria sobre o árbitro, mas Bruno Paixão foi o menos culpado.

4 comentários:

Anônimo disse...

BENFICA BELENENSES ETERNO TOPO SUL ,SABADO DIA 26 ÁS 19.45 AQUELE TOPO SUL AQUELE ESTADIO VAI EXPLODIR VAMOS DEMONSTRAR AQUILO QUE SOMOS DENTRO E FORA DO ESTADIO NAO AOS DIRIGENTES DE MERDA QUE TENTAM FAZER DO NOSSO CLUBE SIMPLESMENTE UM NEGOCIO....NOS SOMOS DIFERENTES NOS NAO NOS VENDEMOS ....
VAMOS DEMONSTRAR AQUILO QUE TEMOS VINDO A DEMONSTRAR TODA A EPOCA O NOSSO FANTASTICO APOIO VOCAL ......VAMOS TODOS JUNTOS FAZER DAQUELE TOPO SUL NO SABADO O DIA DA NOSSA VIDA....

BILHETE 2.50CENTIMOS
NN

Anônimo disse...

os menninnos e os outros (cerca de 100), que foram ao dragao TREMERAM, CALARAM-SE e GELARAM quando viram os 20 aparecer do nada..pois pareciam com 200!!!!
até os agentes da autoridade ficaram sem saber o que fazer..
pena estarmos so 20..porque hoje voces tombavam e "morriam" nas escadas, os que la estavam, sabem certamente do que falo!!!

ULTRAS PORTO

Anônimo disse...

porque e que es aldrabao??lembro foi do grupinho que ficou sem mais uma faixa,para variar um pouco,ou tas te a fazer de estupido???

Anônimo disse...

porque é que es aldrabam!!! este esteve em casa porque ate no video dos dv se ve esse grupo que o anonimo em cima fala mas enfim... levem la a taça vcs sao os maiores